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Estudo de Realidade Virtual Revela que Seres Humanos Preferem Próteses Biônicas em vez de Mãos Virtuais

Uma pesquisa realizada por cientistas descobriu que os seres humanos podem ter uma conexão mais forte com próteses Biônicas semelhantes a pinças em comparação com as mãos humanas virtuais. Esse estudo foi conduzido através da utilização da realidade virtual. Publicado no jornal iScience, o estudo demonstrou que os participantes se sentiram igualmente incorporados às “mãos” de pinça e foram mais ágeis e precisos em tarefas motoras, em comparação com as mãos humanas virtuais. De acordo com Ottavia Maddaluno, neurocientista cognitiva da Universidade Sapienza de Roma e autora principal do estudo realizado em conjunto com a Fundação IRCCS Santa Lucia, para que nosso corpo possa funcionar harmoniosamente com ferramentas, é necessário que tenhamos a sensação de que elas são uma parte integrante de nós.

Nossos achados revelam que os seres humanos podem considerar uma ferramenta implantada como uma parte essencial de seu próprio organismo. A pesquisa aborda uma questão científica em aberto sobre se os humanos podem incorporar próteses ou ferramentas bionicas que não se assemelham à anatomia humana. Através da realidade virtual, os cientistas realizaram uma série de experimentos com participantes saudáveis, fornecendo-lhes mãos virtuais semelhantes às mãos humanas ou “mãos” bionicas semelhantes a pinças. Durante as atividades motoras, os participantes foram instruídos a estourar bolhas virtuais de cores específicas, seja usando as pinças ou pressionando com o indicador e o polegar.

De forma surpreendente, eles demonstraram maior agilidade e precisão com as mãos de pinça. Além disso, os resultados dos testes mostraram que os participantes sentiram uma forte conexão tanto com as mãos humanas virtuais quanto com as de pinça. No entanto, a diferença entre estímulos correspondentes e não correspondentes foi mais evidente com as mãos de pinça, o que sugere uma maior conexão com ferramentas não antropomórficas. Os pesquisadores acreditam que a simplicidade das mãos de pinça pode facilitar sua aceitação pelo cérebro. Isso também pode estar relacionado à hipótese do “efeito do vale”, em que as mãos humanas virtuais podem ter sido muito semelhantes, mas distintas o suficiente para não serem completamente incorporadas.

Além das mãos de pinça, os pesquisadores testaram uma ferramenta biônica em formato de chave inglesa e uma mão humana virtual segurando pinças. Em todos os experimentos, foram encontradas evidências de incorporação, mas os participantes demonstraram maior habilidade e destreza com as mãos de pinça diretamente conectadas aos seus pulsos virtuais. Os resultados deste estudo podem ter implicações significativas no desenvolvimento de próteses e robótica. O próximo passo, de acordo com os pesquisadores, é investigar se essas ferramentas biônicas podem ser integradas por amputados e como elas podem influenciar mudanças no cérebro humano.

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